Dorian na Praça da Redenção Jornalista Dorian Jorge Freire |
Uma
vida ligada a O Mossoroense
"Eu
aprendi a ler soletrando o jornal O Povo de Fortaleza, noticiário da Segunda
Guerra Mundial. Mas aprendi a amar a liberdade foi no O Mossoroense, vendo a
prática democrática de Lauro da Escóssia. Era menino quando ingressei no
jornal, a convite de seu dono, Lauro da Escóssia, em 1947 ou 1948. Meu primeiro
artigo chorava a morte de Monteiro Lobato e era intitulado Zé Brasil. Há 44, 45
anos. De lá para cá, nunca deixei jornal e nunca estive longe de O Mossoroense,
ao lado de Jorge Freire, Rafael Negreiros, Jaime Hipólito, Vingt-un Rosado,
José Augusto Rodrigues, Lauro Escóssia Filho", o trecho do depoimento de
Dorian Jorge Freire extraído do livro Os Escóssias, de autoria do jornalista
Cid Augusto, mostra bem o apego que Dorian tinha com o jornal O Mossoroense.
A carreira de
Dorian Jorge Freire começou na década de 1940, quando aos 16 anos de idade começou a
escrever nas páginas deste centenário de onde saiu para trabalhar na imprensa
do eixo Rio-São Paulo em 1954.
Mesmo assim
ele nunca esqueceu o jornal que considera o mais importante de sua brilhante
carreira, fato confirmado na última entrevista que Dorian deu à revista
Papangu.
O Mossoroense
sempre esteve ligado à vida de Dorian, mesmo quando ele esteve fora de Mossoró,
como atesta o jornalista Nilo Santos. "No início dos anos setenta Dorian
enviava com frequência um envelope de saco com dez ou quinze artigos e as crônicas Cartas a José que eram todas aproveitadas no jornal", relata.
Em 1975,
Dorian voltou a Mossoró assumindo o comando de O Mossoroense, acumulando os
cargos de diretor e editor-chefe, fato que era comum naquela época. Ficou no
cargo até 1982, quando deixou este jornal para assumir o comando da Tribuna do
Norte, em Natal.
Durante o
período em que comandou este jornal, Dorian promoveu a modernização do parque
gráfico, que deixou de usar a tipografia para implantar a impressão offset, com
a compra de uma máquina Big Chief 29 e do primeiro fotolito, comprado ao jornal
Estado do Maranhão.
Já nos anos 1980,
ele acompanhou a venda do jornal para o então deputado Vingt Rosado,
continuando no cargo de diretor e mantendo a mesma linha editorial.
Além disso,
foi durante a administração de Dorian que o jornal passou a ter sede própria.
Foram dez anos à frente desta folha centenária.
Trajetória -
Dorian iniciou sua carreira como repórter estagiário, tendo
rapidamente passado por todas as etapas da redação até chegar ao cargo de
editor de política.
Fonte: O Mossoroense, edição de 15 de outubro de 2005.
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