Pintura de Cleide em tela |
Faleceu nesta terça, dia 24 de outubro de 2017, a artista plástica, locutora e professora, Cleide Fernandes de Siqueira Chaves, aos 86 anos de idade. O velório está sendo no Centro de Velório Sempre, na Rua Melo Franco, centro de Mossoró, e o sepultamento será nesta quarta-feira, 25, às 9 horas, no Cemitério de São Sebastião.
Dona Cleide era viúva do saudoso Nilson de Medeiros Chaves e deixa os filhos Nilson Júnior, Weber, Nilson Israel, Nilson Pedro, Cleide Nilse e Nélber.
Há alguns anos, dona Cleide estava com a saúde fragilizada, aos cuidados da filha Cleide Nilse.
Dona Cleide entrou para a história da cidade na década de 1950, quando pioneiramente, passou a atuar no radialismo, motivo pelo qual, foi biografada no livro A Sagra da Radiofonia Mossoroense, de Lindomarcos Faustino, que autorizou sua publicação neste blog.
Capa do livro de Lindomarcos Faustino, lançado em 2014. |
Cleide Fernandes de Siqueira Chaves, primeira mulher a ser radialista na cidade de Mossoró. Tudo teve inicio na Rádio Difusora de Mossoró, ainda na década de 1950.
Ela nasceu no dia 20 de julho de 1931, na cidade de Caraúbas, Rio Grande do Norte. Filha de Israel Siqueira Cortez e Celina Fernandes de Oliveira. Quando ainda era criança migrou com seus pais para o Estado do Ceará. Posteriormente passou a morar na cidade de Mossoró com seus avós paternos: Maria Varela Siqueira e seu Ismael Siqueira Cortez.
Ainda criança mostrou seu interesse pelos estudos e cedo passou a se dedicar as artes plásticas, como porcelanas e pinturas em telas. Sempre foi uma boa aluna, concluindo em 1949 a Escola Normal de Mossoró, onde se formou nas cadeiras de História do Brasil e Metodologia do Ensino no Curso Pedagógico. Em seguida efetivou-se na cadeira de Educação Física, onde ocupou o cargo durante doze anos. Aos dezessete anos, iniciou sua carreira no magistério tradicional, passando a lecionar na Escola Normal de Mossoró, onde durante doze anos transmitiu seus conhecimentos para os normalistas.
No ano de 1950, esta mulher de fibra ingressou no curso de Contabilidade na Escola Técnica União Caixeiral. Foi naquele lustroso prédio quando estudou que conheceu o bancário do Banco do Brasil, Nilson de Medeiros Chaves, com quem viria a se casar em 1951, tendo seis filhos filhos: Nilson Júnior, Weber, Israel, Pedro, Cleide Nilse e Nélber.
Ela sempre foi uma das melhores oradoras naquela época da escola e sempre causava admiração a todos que o olhavam e um desses admiradores foi Paulo Gutemberg de Noronha Costa, diretor-superintendente da Rádio Difusora, que ao ouvir sua bela voz, fez o convite para integrar o quadro de funcionários da primeira rádio mossoroense, que brevemente iria ser inaugurada.
Nos primórdios da Rádio Difusora de Mossoró, foi onde este mulher de fibra destacou sua competência, sendo que ela foi a primeira radialista a ingressar no quadro de locutores da Rádio Difusora, em 1950, participando também da inauguração da mesma e ainda foi a primeira radialista do sexo feminino a trabalhar em rádio. Além de ser apresentadora, foi ainda redatora, discotecária, animadora de programas de calouros e ainda fez radionovelas. Com a chegada dos filhos, afastou-se da área do radialismo e passou a se dedicar a sua família e mais tarde às artes plásticas, tendo se especializado em pintura sacra e porcelana.
Antes de ser a primeira locutora já se destacava por ser a primeira mulher a falar em caixas com amplificadores nas ruas.
Cleide Siqueira integrou na Rádio Difusora pelo convite feito de Paulo Gutemberg de Noronha Costa, quando participava também dos seus programas de auditório que era realizado no palco do Cine Caiçara.
Pintura de Cleide Siqueira Chaves, em prato. |
Cleide Siqueira |
Cleide Siqueira Chaves na adolescência |
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