sexta-feira, 26 de junho de 2020

FINANCIAMENTO PARA PROJETO CULTURAL


                            Arte de Francisco Barbosa

       Estão abertas as inscrições para projetos de apoio à cultura.
       Até seis de julho estão abertas as inscrições para concorrer aos 242 mil reais dos editais da Prefeitura de Mossoró. 
       O edital e os formulários estão diponiveis no site da Prefeitura e são acessíveis pelo link: https://www.prefeiturademossoro.com.br/editais-cultura/
       O EDITAL 001, investe R$ 182.000,00 em 95 prêmios nas seguintes áreas: música, artes cênicas, artes visuais, cultura popular, prêmio junino, estudos acadêmicos, mobilização cultural e artes plásticas. 

O EDITAL 002/2020-SMC/PMM apoia 22 projetos de organização de acervos, trabalhos em grafite, publicação de livros e cordéis.  com recursos de R$. 59.500,00

Os projetos e a documentação necessária devem ser enviados pelo e-mail cultura@prefeiturademossoro.com.br até o dia 06 de julho. O resultado do processo seletivo deve ser publicado até 29 de julho.

Qualquer dúvida:  84 3315-4972
                                   3315-5080                                                                 98849-4017 ou                        E-mail: cultura@prefeiturademossoro.com.br

sábado, 13 de junho de 2020

O ADEUS AO SEU ODILON

Senhor Odilon com a neta, Nara Andrade, esposo Fabiano e filha. 

       O senhor Odilon Teodósio da Silva nasceu em 1914, em Almino Afonso. Exerceu a profissão de barbeiro por sessenta anos em Mossoró. Sem nunca frequentar uma aula, aprendeu a ler e passou a escrever poesias e publicou um livro, Herança Poética.
      Em 2007, tivemos oportunidade de conhecê-lo, gravamos o programa Mossoró de Todos os Tempos com ele e, de lá para cá, sempre soube notícias de Seu Odilon, através dos seus netos, nossos colegas, Nara e Dantas Júnior, e do genro, Pastor Anselmo.
      Morador do bairro Doze Anos, somente aos 106 anos de idade, lúdico, foi convocado pelo Pai, deixando saudades com filhos, netos, bisnetos e amigos.

      Viúvo duas vezes, era avô da jornalista Nara Andrade, do Jornal de Fato; e do advogado Dantas Júnior, também cronista esportivo em emissoras de rádio e foi da TCM. 
      A neta Nara Andrade, comunicou a passagem do avô através do Facebook com um belo texto: 

       O que dizer nesse momento? 
       Meu avô é a maior referência de amor e integridade que conheci na vida.
       Lembro que desde muito nova o admirava por sua genialidade. Ele contava histórias, fazia garrafinha para os netos, lambedor para curar gripes, cortava cabelo e declamava poesias. Sempre tinha um bom conselho, e na falta de palavras, um abraço caloroso.
       Adorava me pedir para encontrar coisas na internet para testar se tinha mesmo tudo. Era orgulhoso por eu ser a neta que aprend
eu a receita do licor de vovó, e tinha mais orgulho do que eu da minha profissão.           Ele fez uma poesia para mim e me tirou para dançar na minha festa de casamento. Agradecia sempre que via Cecília, a menina com olhos grandes de sabedoria. Dizia que adorava ganhar o meu xêro, e ficava feliz com as chamadas de vídeo dos últimos tempos.
       Mais de noventa dias sem vê-lo pessoalmente e a dor da saudade agora será eterna. Nada que seja dito será suficiente para homenageá-lo. Então, agradeço a Deus por ter tido o privilégio de ser neta de um ser tão grande e iluminado. Vá com Deus, vovô Odilon, para junto de nossa véinha!
       O senhor cumpriu bem o seu papel nesses 106 anos e 4 meses de vida. Sou só orgulho,




quinta-feira, 11 de junho de 2020

SER DE MOSSORÓ É...



Praça do Pax. Foto: Manuelito Pereira


Ter voltado a pé das festas da ACDP.
Dizer diante de uma grande alegria, 'ô belage';
Dizer: "Tem gente em banda de lata", em eventos com muita gente;
Quando perguntado por alguma coisa ouvir um:  "Rebolei no mato";
Ter procurado por uma peça de roupa ouvindo um: "Foi pro rio";
Ter tido um sapato consertado por seu Lindolfo;
Ter conhecido o pastoril de Zé de Ana;
Ter feito uma corrida nos táxis de Gatinho, Zé Mariquinha ou Seu André;
Ter feito a barba no Salão Rex, com Chico Linhares, Chico Moura, Zé Linhares ou Chico Pires;
Ter comprado pão na Padaria São José, de Seu Eliseu Costa;
Ter ouvido a banda de música sob a regência de Artur Paraguai, acordando as pessoas nas manhãs do dia 30 de setembro, na Praça da União Caixeiral;
Ter conhecido a quentura do fogão de Seu Né;
Ter aprendido a dançar com João Soares;
Ter feito tratamento dentário com Doutor João Monte e Doutor João Falcão;
Ter ido a Arei Branca no misto de Chico Gulherme;
Ter comprado medicamentos na Farmácia  Moura, de Zé Câncio e Pedro Moura;
Ter conhecido o Alto do Louvor;
Ter tomado café no Pavilhão Vitória;
Ter brincado carnaval na ACDP e/ou Ipiranga;
Ter sido criança assistindo o desfile dos Pimpões, Salinistas, Baraúnas e o Bloco dos Índios;
Ter participado do Corso na praça do Pax;
Ter comprado uma camisa nas lojas Hiran, de seu Dudu;
Ter feito Curso de Datilografia, nas escolas de  Antônio Amorim e Rogério Dias;
Ter tomado refresco de Fransquim, acompanhado de cachorro quente com garfo e faca;
Ter tido medo do esqueleto da Maçonaria;
Ter flertado muito na praça do Cid;
Ter lanchado no Umuarama, Sorveteria Oásis e Sorveteria  Bagdá;
Ter participado dos comícios na Praça do Codó;
Ter acompanhado as três noites de vigília de  Aluízio Alves;
Ter ido a pé, para o Alto da Conceição, para acompanhar as Missões de  Frei Damião;
Ter assistido Candelabro Italiano, na inauguração do Cine Cid;
Ter namorado no morrinho de Tibau;
Ter dado de presente uma garrafa colorida com as areias coloridas dos morros de Tibau;
Ter tomado ou visto o pai tomar cerveja no Bar Suez;
Ter feito 'assaltos às casas nos carnavais;
Ter sido fotografado por Manuelito ou Seu João fotógrafo;
Ter provado dos pastéis da Clotilde;
Ter chupado picolé na Sorveteria Stick Bom;
Ter comprado tecido na Casa Gomes e Armazém Caxias;
Ter conhecido a Casa Charcenai;
Ter assistido o Foguete de Hiran;
Ter dançado a Bolha Assassina, tocada por Totõezinho e seu Conjunto;
Ter assistido a primeira Profé;
Ter aplaudido Aldenora Santiago;
Ter corrido com medo de “Mané, Caximbinho, Maria Catapora e Maria Patachoca";
Ter sorrido muito com os mungangos de Williams;
Ter corrido com medo de Papão;
Ter tomado a cerveja mais gelada da região, no Bar Centauro;
Ter comido panelada com cuscuz no Mercado Público;
Ter dançado muito ao som dos Bárbaros;
Ter pego ônibus para ir para Tibau dia de domingo;
Ter assistido Oséas Lopes cantando em cima de uma mesa;
Ter comprado na loja de Dona Geni;
Ter assistido A mais Bela Voz; 
Ter assistido a chegada do Presidente Costa e Silva;
Ter assistido aos festivais de chopes na ACDP e AABB;
Ter conhecido Vera Fischer, Miss Brasil, numa festa da ACDP;
Ter estudado particular com a professora Tamela; 
Ter ido ao vesperal das moças, sob o comando de Genildo Miranda;
Ter ido as quermesses de Raimundo Sacristão;
Ter tido raiva quando Adalgisa Colombo, na época miss Brasil, veio desfilar no Pax e não desfilou, saiu dizendo que não era vedete para desfilar ali;
Ter dançado o milionário na Churrascaria o Sujeito;
Ter frequentado o salão  de beleza de Lourdinha e o de Eurides;
Ter assistido a orquestra Cassino de Sevilha;
Ter sorrido com uma dupla que fazia muito sucesso na Rádio Difusora nos anos 1960. Chamava-se Pituca e Seu Libóreo;

Autor desconhecido

Pavilhão Vitória. Foto: Manuelito Pereira.