Por Ricardo Borges, de Fortaleza.
Hoje, ao amanhecer, bateu no meu coração uma enorme saudade do meu querido irmão, Joaquim da Silveira Borges Júnior, conhecido como Borginho, que, prematuramente, partiu para a Morada do Senhor, e transcrevo a seguir um belíssimo texto de autoria do amigo e conterrâneo Paulo Negreiros narrando saudáveis momentos desse irmão que tinha como grande virtude a benquerença da amizade.
Mais uma vez agradeço ao amigo Paulo Negreiros por essa preciosa lembrança do meu saudoso irmão que eu o tratava por B Júnior:
“Não lembro a data do seu nascimento, existia sim uma diferença de idade dele para minha pessoa, e dele para o meu pai, sendo meu pai , digamos mais velho.
Joaquim da Silveira Borges Junior, Borginho para os íntimos, entre os quais me incluía.
Filho de Joaquim Borges e Dona Bárbara, era alto no físico e no intelecto. Advogado das melhores bancas, era um leitor voraz, com certeza uma das maiores culturas que conheci.
Cedo, foi morar no Rio de Janeiro. O seu apartamento em Botafogo era continuação da minha casa, da casa de Armando, Silvério Soares e José Wálber Medeiros Soares de Sousa.
Lá, no Rio, reencontramos, nós quatro, lisos de pegar verniz, como estudantes. Ele, advogado bem sucedido, era o nosso generoso, cordial, educado e paciente anfitrião.
Sua agenda tinha um sem número, milhares de gatas, gatinhas, gatonas, casadas e descasadas, solteiras e viúvas, para todos os nossos gostos.
Sabia indicar o que eu devia ler, conhecia a fundo a literatura russa, inglesa, francesa e todos os clássicos greco-latinos. Do Brasil, então, nem pensar, lia a todos compulsivamente.
Nossa convivência foi por demais proveitosa, com o meu retorno ao Rio Grande do Norte, ele ficando no Rio de Janeiro, nosso contato diminuiu.
Sempre perguntava por ele ao seu irmão, Chico Borges, irmão também de Ricardo Borges e Ana Maria Borges, tudo gente de primeira grandeza.
Borginho encantou-se bem novo ainda, deixando nos amigos a saudade...”
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