Era um vendedor de livro de porta em porta, pensei que a atividade estava extinta. Perguntei quem era o autor, respondeu: "Eu".
Peguei o celular, tirei uma foto e, meio que duvidando, pois nunca o vira em reportagem de nenhum jornal local, na época acho que a cidade tinha cinco jornais diários, convidei-o para entrar e tomar água e um cafezinho.
Até hoje ele frequenta nossa casa, mas no máximo aceita um copo de água. Minha mãe já se acostumou a tê-lo à mesa, desde então.
Isso foi em 2013, de lá para cá, ele já escreveu mais de vinte livros e não lembro de tê-lo visto em entrevista a nenhum jornal, até que tentei pautá-lo nos cadernos de cultura, mas os colegas não aceitaram. Não viam com bons olhos aquele menino de periferia 'invadindo' um espaço reservado a intelectuais.
Também já tentei inclui-lo em algum programa de televisão para contar sua paixão por Mossoró e por insistir em resgatar nossos ancestrais, também não consegui. Acham que o assunto não rende audiência.
Então, em 2015, levamos essa ideia para as redes sociais, criamos um grupo no Facebook - Relembrando Mossoró - e ele abriu o grupo no Whatsapp, de início somente éramos nós dois e Edvaldo Morais, outro mossoroense apaixonado pela Mossoró de antigamente, embora resida em outra cidade do estado.
Hoje, o grupo no Facebook tem mais de 100 mil seguidores e no Whatsapp temos gente da melhor espécie: formadores de opinião, empresários, médicos, servidores públicos, profissionais liberais, vereadores e blogueiros, enfim.
Esse é o responsável por estarmos aqui, reunidos e unidos por uma paixão: Mossoró de ontem, de hoje e de amanhã: Lindomar Faustino.
Voltarei ao assunto em outra postagem brevemente.
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