domingo, 2 de fevereiro de 2020

SÁBADO DE LEITURA NO MUSEU


Asclepius Saraiva registra o bate papo entre conterrâneos 

            Na manhã de sábado, dia 1º de fevereiro, aconteceu na pracinha em frente ao Museu Histórico Lauro da Escóssia, um encontro entre autores e leitores, idealizado pelos administradores do grupo Relembrando Mossoró e apoiado pelo diretor do museu, Asclepius Saraiva.
      Agora, autores locais podem levar seus livros à praça do museu e expô-los para degustação e comercialização, além de conversar com leitores e autografar suas obras. Muito raramente a cidade promove um encontro literário assim, com exceção de um evento anual, a Feira do Livro de Mossoró
organizada pelo jornalista Rilder Medeiros, que há quinze anos reúne autores, leitores, editores e livreiros. 
      Crianças interessadas em livros puderam folheá-los e conhecer o museu, inclusive, apareceu uma poetisa mirim, Jhuly Lorrane, acompanhada da mãe, Lilian Kênia Galvão, e do irmão Davi, com menos de dois anos. São mossoroense, radicados em Natal, mas passando férias na terrinha. Jhuly é uma grande leitora e cola suas poesias em postes da rede pública, em Natal. 
A pequena poetisa Jhully 


Crianças puderam tocar em livros
David tem menos de dois anos


Davi bem à vontade entre livros


        Alguns autores que compareceram ao local, além de Lúcia Rocha e Lindomarcos Faustino, como Gustavo Luz e Edilson Guimarães Segundo, que bateram papo com leitores interessados em saber sobre a produção local de livros.
      O encontro também serviu para alguns conterrâneos do oeste potiguar se conhecerem e iniciarem amizade, como foi o caso do senhor Celso de Paula Vieira, natural da serra de Martins, com o artista plástico, Rogério Dias, ambos moradores de Mossoró há mais de cinquenta anos. A poetisa, Magaly Holanda - natural de Severiano Melo - e seu Celso, são vizinhos de rua há mais de trinta anos e não se conheciam. 
       A professora Marta Noberto, da rede pública, aprovou a ideia e comentou no Relembrando Mossoró: "Vamos persistir com a ideia, promover novos encontros e talvez batizar Arte no Epicentro ou algo parecido, já que foi realizado em um local geograficamente estratégico de nosso município. E é uma desconhecida e valiosa informação, para muitos. Esse espaço rende muita pesquisa. Por que não divulgá-lo, por meio da referida iniciativa? E agregar muitos artistas e suas habilidades. Esse movimento tem tudo para dar certo. Avante".
         Um grupo intitulado Abraço Grátis também compareceu na praça, com cerca de dez voluntários que estavam iniciando uma ação social com abraço solidário no centro da cidade.
         Algo interessante aconteceu, algumas pessoas chegavam para ver os livros e, timidamente, perguntavam se podiam entrar no museu e conheceram pela primeira vez. O museu está aberto de terça a sábado, das 7 às 13 horas, com entrada gratuita. 

         Sem dúvidas, uma manhã de conhecimentos. A estudante de Letras, na UERN, Geovânia Gomes, também comentou no Relembrando Mossoró: "Foi uma manhã de sábado rica em aprendizado. Conhecer um pouco de cada pessoa que esteve presente foi lindo. Jhuly, a poetisa mirim, Rogério Dias, o ex-professor de datilografia, André, o jardineiro; a equipe do Abraço Grátis, as pessoas da feira de produtos orgânicos, entre tantos outros personagens dessa cidade. Sábado que vem farei questão de voltar e levar mais pessoas para esse encontro memorável. Amei".
        O repórter da TCM, Eriberto Rêgo registrou o encontro e a reportagem irá ao ar na próxima segunda durante a programação do Canal 10 da TCMTelecom.



Geovânia e Jhuly

Paulinho Ramos
                          
Lindomarcos autografa para Jhully
Célis Dantas
         Mossoró conta atualmente com apenas três livrarias, duas de rua, a Independência, no centro, e Arte & Saber, no Abolição, além de uma livraria no Shopping Partage, a L Cultural.
         No próximo sábado, dia 8, novo encontro entre autores e leitores. Artistas plásticos, cordelistas e poetas também podem expor suas artes. Mais informações pelo 84 9668.4906. 


Asclepius e Celso de Paula Vieira

      O subtenente Celso de Paula Vieira, visitando nosso museu com as lembranças da antiga Cadeia Pública, onde trabalhou a partir de 1957, durante as gestões dos  delegados Revoredo, Clodoaldo e Major Bezerra. Posteriormente ele foi delegado em Apodi, Luiz Gomes e Martins. Ele nasceu em 1937, está com 83 anos de idade e nunca havia adentrado um museu. Ele foi ao local em busca do livro com o Estatuto do Idoso. 

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