quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

CAFÉ COM MÚSICA DO RELEMBRANDO MOSSORÓ


                           Encontro do Relembrando Mossoró no Parque Municipal

                O Relembrando Mossoró convida seus membros para o VIII Café do Relembrando Mossoró, que se realizará neste sábado, dia 15, a partir das 8 horas, em frente ao Museu Histórico Lauro da Escóssia, na Praça Antônio Gomes, centro de Mossoró.
       À exemplo dos outros encontros, cada membro leva seu lanchinho, café, seu pratinho e partilha com os amigos.
       Durante o café, o músico Denilson Duarte, professor da Escola de Arte, animará a manhã com seus alunos, dos mais diversos projetos que ele criou em Mossoró, como por exemplo, o Movimento Arte e Música, que ensina violão nas escadarias do Teatro Municipal.
       O Relembrando Mossoró é um grupo no Facebook, com mais de 100 mil membros, criado em 2015, por Lúcia Rocha e Lindomarcos Faustino para divulgar a memória de Mossoró, seja através de fotos antigas, especialmente do acervo do museu e dos próprios membros do grupo, que espontaneamente postam fotos de familiares e da cidade.
       O Relembrando Mossoró sempre está promovendo encontros entre seus membros, como por exemplo, no Restaurante Oba, no Parque Municipal e mensalmente promove uma viagem para praias e serras, como Cristóvão, Galinhos, Martins, Ceará e pontos turísticos ou históricos próximos de Mossoró, como Porto de Santo Antônio, por exemplo.
      Lindomarcos Faustino é pesquisador e já publicou mais de vinte livros, com foco em Mossoró. Lúcia Rocha é jornalista, também pesquisadora e autora de mais de vinte biografias.
      Mais informações pelo 84 99668.4906.



                           Café no Parque Municipal


                                                    Professor Denilson Duarte entre alunas de violão

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

ENCONTRO NO MUSEU COM DENILSON DUARTE


                                                       
                          Denilson Duarte entre alunas

Por Lúcia Rocha
luciaro@uol.com.br





           O grupo Relembrando Mossoró promove no sábado, dia 15, mais um Encontro Entre Autores e Leitores, tendo como convidado especial, o músico Vladenilson Alves Duarte mais com conhecido por Denilson Duarte, que desenvolve um excelente trabalho voluntário entre pessoas de todas as idades, há quase trinta anos.
            Denilson Duarte é dono de um currículo de dar inveja a qualquer profissional da música, em nível mundial, sem nenhum exagero. Ele é natural de Patu, nasceu em 29 de junho de 1975, filho do comerciante na Cobal, Francisco Duarte - já falecido - e da  professora Antônia Veriana. Denilson Duarte migrou com a família de seis irmãos em 1986, aos onze anos de idade e, em Mossoró, formou uma história de vida e superação, pois foi encaminhado para a FEBEM – Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor - participando de todos os projetos, oportunidade que colaborou para seu desenvolvimento pessoal.
           Em 1988, passou a trabalhar na Petrobras, como oficce boy e adquiriu base para sua formação e consciência humana.
           Estudou na Escola Municipal Joaquim da Silveira Borges, onde na mesma sala de aula onde estudou, atua como professor de violão e teclado na Escola de Artes, pois há vinte anos  é funcionário público municipal concursado, lotado na Secretaria de Cultura.  
          Denilson Duarte, um entusiasta de talentos musicais e tem criado e coordenado diversos projetos ousados na área musical, a maioria de forma voluntária e gratuita, tais como:
          Na década de 1990, fundou a Banda El-Shaday, que até hoje atua na igreja;
          Desenvolveu trabalhos em igrejas evangélicas, formando alunos e fomentando a cultura. Chegou a comandar os três maiores corais da Assembleia de Deus, no templo-sede;
          De 2000 a 2004, no Projeto Jovem Cristão, trabalhando voluntariamente nos finais de semana com aulas de música, na Escola Estadual Dix-sept Rosado, aberto à comunidade do bairro Bom Jardim, formando jovens, colhendo sonhos e fazendo história; 



                         Apresentação com alunos no teatro

          De 2007 a 2009, atuou no Projeto Ecoarte, na pracinha do Memorial da Resistência, com aulas gratuitas voltado para o violão popular;

          De 2010 a 2012, criou o Projeto Surfarte, com aulas de percussão, violão e surf com filhos de pescadores, na praia de São Cristóvão, em Areia Branca.

                     Aulas gratuitas de violão nas escadarias do teatro

       Desde 2012, criou o Movimento Arte e Violão, nas escadarias do Teatro Municipal Dix-huit Rosado, onde até hoje ministra aulas de violão, também de forma voluntária, projeto que lhe deu visibilidade e ganhou exposição na mídia, especialmente nas emissoras de televisão;
       Denilson é coordenador do Grupo Fulô de Muçambê, formado na maioria por jovens senhoras da terceira idade e que há vinte anos se apresentam em eventos sociais e festivos da  cidade sempre com um repertório voltado para a música nordestina. Esse projeto tem colaborado para que as integrantes sintam-se úteis e se mantenham afastadas de qualquer sintoma de demência senil, comprovadamente;  
       Denilson Duarte teve uma passagem pelo Conservatório de Música Dalva Stela e atuou  durante quatro anos como cantor no Coral da UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte; 

                          Com o poeta Antônio Francisco

           Integrou o Grupo Entre Cordas e Cordéis, com o poeta Antônio Francisco, em mais de quarenta escolas da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte; 

                         Programa Pedagogia da Gestão

      Contribui na parte musical do programa Pedagogia da Gestão, com o apresentador João Maria, exibido pela TCM Telecom, levando os talentos que encontra por onde ministra suas oficinas e aulas de canto e alguns instrumentos musicais de corda e teclado.   



                      Denilson leva música nos bairros

          Se não bastasse o trabalho de descobrir novos talentos musicais, Denilson também atende pessoas especiais como, por exemplo, deficientes visuais, com turma específica para aulas de teclado. Ele aglutina pessoas com diversos problemas e consegue melhorar a vida delas, problemas como ansiedade, depressão, desquite, pessoas em tratamento psiquiátrico, que passaram por situação de violência doméstica, crianças e adolescentes especiais, com autismo, que se transformam após ingressarem em suas aulas de música: "A gente atende  alunos com problemas, dos mais diversos motivos e, com a música, a gente consegue melhorar a vida deles", desabafou Denilson Duarte.
      Morador do bairro Santa Delmira, Denilson Duarte é casado com Adriana Maia Ferreira Duarte e pai de Vinícius, Mizael, Heitor, Vini e Valentin. Dos cinco filhos, três já estão encaminhados na área musical pois tocam instrumento de sopro: flauta transversal, clarinete e trompete.
       Portanto, Denilson Duarte há vinte e cinco anos planta acordes, aplausos e fé.

       Com tanto trabalho de forma voluntária, ainda não recebeu o título de Cidadão Mossoroense.                                                                                                                 
                     Entre os jornalistas Luis Juetê e Gilberto de Sousa


sábado, 8 de fevereiro de 2020

HOMENAGEM A MARIA LÚCIA ESCÓSSIA


Maria Lúcia em foto de Lindomarcos Faustino



Por Lúcia Rocha
luciaro@uol.com.br

Fotos de Lindomarcos Faustino, Geovânia Gomes, Marta Noberto, Asclepius Saraiva e Lilia Kênia.

          O Relembrando Mossoró realizou na manhã do sábado, dia 8, homenagem a ex-diretora do Museu Histórico Lauro da Escóssia, professora, pesquisadora e historiadora Maria Lúcia Escóssia, aposentada, que se recupera de cirurgia de fêmur e vive situação de cadeirante.
          Maria Lúcia está com 90 anos de idade e sua lucidez impressiona, porque relembra os acontecimentos de sua vida e da cidade, pois acompanha desde garota todos os movimentos sociais, culturais, educacionais, políticos, artísticos e de desenvolvimento econômico de Mossoró e região.
         Ao chegar no museu por volta das 9 horas, acompanhada de familiares, da irmã caçula Marta e de vários sobrinhos, da apresentadora da TCM, Lilian Martins, Maria Lúcia foi recepcionada pelos barraqueiros da Feirinha de Produtos Orgânicos, que há mais de dez anos funciona na lateral do prédio do museu, sendo abraçada e cumprimentada por todos, posou para fotos e ganhou brindes, inclusive.



Feirantes da Feira de Produtos Orgânicos puderam rever a amiga de muitos anos.

O abraço da feirante de coalhada

         Maria Lúcia entrou no museu que dirigiu por mais de dez anos, após cinco anos de ausência e, pela primeira vez, assinou o livro de visitas. 




         Ao adentrar o museu, Maria Lúcia passou a elogiar o ambiente, relembrou momentos que ali viveu. Na grande sala onde estão expostas as fotografias e equipamentos de Manuelito Pereira, explicou como participou, juntamente com o museólogo Hélio: "Na reforma, eu que ajudei a escolher as fotos, levando poeira, eu que coloquei todos os nomes dos abolicionistas, nesse tempo, guardamos alguns objetos numa sala para selecionar e Julierme Torres, vivia aqui para fotografar e colocar no jornal. Outra vez veio um repórter de televisão, entrou gravando, dizendo que não existia mais museu e que os presos iriam voltar para cá, eu falei: 'O quê?'", provocando risadas.
         Em meio à explanação do que viveu enquanto trabalhou no museu e com os presentes, como castanha, por exemplo, que recebeu de uma feirante, ela exclamou: "Menina, estou me sentindo uma rainha".
         Diante da foto de Manuelito Pereira, ela o cumprimentou e comentou: "Quando Manuelito chegou em Mossoró, eu era muito pequena, mas ele veio morar próximo de nossa casa, na Praça da Redenção, tínhamos amizade, ele ia tirar nosso retrato, mas enquanto não arrumasse nosso rosto, do jeito que ele queria, não batia a foto, era muito detalhista. O estúdio dele, era vizinho ao hoje Teatro Lauro Monte Filho, as melhores fotografias da época eram de Manuelito".      



Fotos de Manuelito Pereira escolhidas por Maria Lúcia e museólogo


                                              Maria Lúcia deu uma aula sobre o museu


        Maria Lúcia foi levada para a sala onde dava expediente, foi aplaudida e confessou que era a melhor parte do museu, pois ali estão arquivados todos os jornais da cidade, dentre eles, o principal, fundado por seus ancestrais, O Mossoroense, fundado no Século IXX. Ela agradeceu a presença de todos os familiares e da irmã Marta, citou o nome de todos os sobrinhos. 
O reencontro com o pesquisador e frequentador do museu, Lindomarcos Faustino e...

                                                      ... Com o ex-colega de museu, Júnior


Com a amiga Conceição Maciel 


     Após visitar todas as instalações do museu e os jardins, Maria Lúcia veio para a pracinha onde teve seu Dia de Princesa, recebeu diversas homenagens, através de palavras e poesia. O diretor do Museu Histórico Lauro da Escóssia, Asclepius Saraiva, falou em nome dos colaboradores, disse que o museu está aberto a toda comunidade, informou sobre número de visitantes em sua gestão, agradeceu a presença de todos e, especialmente, a visita ilustre de Maria Lúcia.  

                          Na pracinha, Maria Lúcia recebeu as homenagens

Diretor do museu, Asclepius Saraiva

A cantora e poetisa Goreth Alves, que se apresenta em escolas, mostrando sua arte, também falou em nome da classe artística, enaltecendo as qualidades de Maria Lúcia, de quem disse ser fã.  Goreth lembrou que Maria Lúcia foi atriz e que recebeu um título como atriz coadjuvante. "Comecei a admirar essa mulher forte, que gosta de arte, pelo trabalho que passou a fazer aqui no museu, como guardiã da cultura. Você é um exemplo para todos nós que a conhecemos. Muito obrigada por existir". 


                                                           Com a poetisa, Goreth Alves

A professora e escritora Conceição Maciel elogiou o encontro, que considera uma ideia brilhante: "É um resgate para homens e mulheres de nossa cidade para reconhecimento dos mossoroenses, isso é muito importante, principalmente Maria Lúcia, que é uma pessoa ímpar, faz parte do patrimônio cultural da cidade, é uma pessoa que venceu um prêmio em nível nacional, como atriz. Quero exaltar esse evento de resgate à memória da cidade. Darcy Ribeiro dizia que o Brasil é o maior país do mundo a destruir as memórias, parecia que tinha uma máquina para destruir o talento dos homens e que quem tinha um passado de glória, era aniquilado. Acho essa ideia da revitalização da memória, fantástica. Tido o chapéu para Lúcia Rocha e Lindomarcos Faustino. Ressalto meu carinho por Maria Lúcia por seu espírito pesquisador e por sua mentalidade sempre dinâmica".
 
A acadêmica, Joana Fernandes Coelho, membro da AFLAM - Academia Feminina de Letras e Artes de Mossoró - exaltou a figura da mulher mossoroense: "Primeiro quero agradecer a Lúcia, Lindomarcos e Asclepius, pelo acolhimento nesta casa, nesse templo da sabedoria e dizer que Maria Lúcia é um exemplo, ela não tem somente o talento da poesia, o talento de ser atriz, inclusive, Maria Lúcia foi pandeirista de uma orquestra feminina, ela e minha mãe tocaram. É bom que se resgate essas histórias, pois Maria Lúcia é uma fazedora da história de Mossoró. Quantas mulheres estão na periferia, no anonimato, são mulheres que fazem a sua história, e quantas fizeram a história de Mossoró no anonimato e não aparecem? Por que que não aparecem? Porque não têm chance e eu não concordo. Acho que deve se resgatar quem quer que seja, mulheres da periferia. Hoje é Maria Lúcia, por que não chamar uma benzedeira, uma rezadeira, uma parteira que ajudou colocar crianças no mundo? Quantas pessoas têm em Mossoró que vieram ao mundo pelas mãos de parteiras leigas? A AFLAM já fez homenagem a Madalena, que fez história, curou muitas crianças. Sugiro que tragam não somente mulheres intelectuais, mas mulheres lá da ponta, que fizeram história. Maria Lúcia será capa da revista comemorativa aos dez anos da AFLAM, a ser lançada no próximo dia 20, na Biblioteca Municipal, ela está sendo homenageada em vida, de coração e quero encerrar minha participação: nem tiranas, nem escravas, o que queremos ser é cidadãs, é o que você é".          


                                        Joaninha Fernandes enalteceu a força da mulher

Joaninha, professora Marta e Maria Lúcia

A professora Marta Noberto enfatizou o que testemunhou: "Nem preciso fechar os olhos para ver você de luvas com umas pinças juntando todas as partes dos jornais sem danificar, isso é muito presente na minha memória, então, esse seu amor pela memória, pela cultura, pela história, pela preservação da comunicação, pelos jornais, sua luta em preservar tudo isso, incentiva-me a ser cada vez mais zelosa por nossa memória, não somente do município, mas da nossa família, porque cada um tem uma história de vida bonita, antes que a memória delete, temos que anotar para preservar, como Canindé aqui presente fez com a história dele e Lúcia pela iniciativa, e que todos nós tenhamos como meta: trazer uma, duas ou três pessoas em cada encontro desses, para elas sentirem que são importantes suas participações na sociedade.    

A pequena Jhully, poetisa natalense, filha de mossoroense, passando as férias em Mossoró, mas que tem comparecido a esses encontros no museu, declamou uma poesia, exaltando a figura dos avós, deixando Maria Lúcia encantada com a garota de apenas seis anos de idade.

A pequena poetisa, Jhully encantou Maria Lúcia

Maria Lúcia agradeceu, lembrou do quanto batalhou para trabalhar no Museu Histórico Lauro da Escóssia: "Quando comecei a trabalhar, o museu era na parte superior, no térreo, funcionava a biblioteca. Cheguei no tempo de Lauro da Escóssia como diretor, foi na gestão de João Newton, na década de 1970. Pedi para trabalhar aqui, mas João Newton disse que não, porque eu sou Escóssia, então, briguei com ele. Estou contando a história porque ainda sei contar história. Mamãe entrou na briga com João Newton, disse que eu precisava me empregar porque estava desempregada, no fim, ele aceitou. Eu trabalhava no Grupo Escolar Joaquim Borges, eu achava que meu lugar não era de professora, mas de museu. Eu gostava, vinha bastante aqui no tempo de Tio Lauro, pedi a transferência a João Bosco Fernandes, que era o diretor da escola. Quando Tio Lauro saiu, Raimundo Soares de Brito assumiu e me colocou para pesquisar Dorian para a edição do livro com as crônicas dele, encontrei inclusive a primeira crônica de Dorian e ele me agradeceu. Doutor Vingt-un também me colocou para pesquisar para outro livro de Almeida Castro. Comecei a trabalhar no O Mossoroense, em 1946, mamãe que pediu a Tio Lauro esse emprego, à época, o jornal era na Coronel Vicente Saboia, onde depois foi a Casa Chacenai. Eu subescrevia as reportagens e despachava os jornais nos Correios. Ninguém tinha vínculo empregatício, dois anos depois tirei umas férias em Natal e no retorno Tio Lauro disse que não precisava de mim mais não. Fui trabalhar no comércio, na Mossoró Comercial, depois com Miguel, filho de Miguel Faustino. Hoje é um dia muito importante para mim porque estou retornando para visitar o museu, sai em 2015, passei aqui trinta e um anos. Na prefeitura passei trinta e oito anos e dois meses e esses trinta e um anos, dediquei-me exclusivamente ao museu. Eu trabalhava três expedientes, porque trabalhava no museu, na escola e na Cosern. Foi muito bom retornar porque vi que tudo está no mesmo lugar, como deixei há cinco anos. Estou bastante feliz, agora tenho certeza que tenho muitos amigos, tem muita gente que gosta de mim porque eu gosto de todos. Às vezes, pela idade, esqueço o nome de alguém, ainda não estou esclerosada, graças a Deus, mas estou muito feliz, muito agradecida com vocês. Então, o que eu posso fazer por vocês? Posso recitar uma poesia".
O que gerou aplausos do público. E continuou:
"A árvore da serra, Augusto dos Anjos", prosseguiu Maria Lúcia:

As árvores, meu filho, não têm alma!
      E esta árvore me serve de empecilho...
          É preciso cortá-la, pois, meu filho,
         Para que eu tenha uma velhice mais calma. -      - Meu pai, por que sua ira não se acalma?
 Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?
        Deus pôs almas nos cedros... no junquilho... 
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma!...
Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado branco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra.

Maria Lúcia finalizou dizendo: "Hoje meu dia vai ser completo de alegria e me chamem enquanto estou viva, estou muito feliz porque estou vendo hoje minha história".     


Amigos de Maria Lúcia e da cultura participaram da homenagem

Maria Lúcia posa para fotos com novos amigos

Crianças, adolescentes e adultos posam 

Familiares de Maria Lúcia: irmã Marta e sobrinhos

                                                Joaninha, Maria Lúcia e Canindé Silva 
      

                                    Livros para comercialização...

                                                     ... E degustação do público


                 À direita, Jussana Wanderley, que trouxe filho e amigas de Baraúna

                  Goreth Alves, Lúcia Rocha, Conceição Maciel e Canindé Silva, além das crianças.






      

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

ENCONTRO HOMENAGEIA MARIA LÚCIA ESCÓSSIA

Jhully, a poetisa mirim


Neste sábado, dia 8, o Relembrando Mossoró promoverá mais um encontro entre autores e leitores, na pracinha em frente ao Museu Histórico Lauro da Escóssia, no centro de Mossoró, das 8 às 11 horas. Desta feita, o Relembrando Mossoró fará homenagem a ex-diretora do museu, Maria Lúcia da Escóssia, que durante muitos anos dirigiu o museu e participou de movimentos culturais e teatrais da cidade ao longo dos seus 91 anos de idade. A mesma se fará presente, embora venha se recuperando de cirurgia no fêmur e esteja na situação de cadeirante, mas o importante é que a mente está ótima e poderá reencontrar velhos amigos, frequentadores e ex-colegas do museu.
Alguns movimentos ligados às letras e cultura da cidade já confirmam presença e elogiaram a iniciativa em reunir autores e leitores, nos sábados pela manhã, como é o caso de Joana Fernandes Coelho, da AFLAM - Academia Feminina de Letras e Artes de Mossoró: "A ideia é fantástica, eu me incluo nesse entusiamo, nessa investida, acho muito interessante e riquíssimo esse encontro, vale dez e eu vou, estávamos precisando de ideias assim, inclusive, muito justa essa homenagem a Maria Lúcia Escóssia, recentemente estive com ela, momento em que a entrevistei para a revista da AFLAM que estará publicando em breve essa revista espetacular. Muito bem, parabéns, estarei lá", finalizou Joaninha.
  O Relembrando Mossoró é um grupo no Facebook com mais de 100  mil seguidores que publica e incentiva a publicação de fotos para preservar a memória de Mossoró.
No sábado passado, crianças, jovens, adultos e idosos reuniram-se na primeira edição do encontro, momento em que houve uma troca de ideias e conhecimentos sem distinção de idade, classe social ou cultural.
O diretor do Museu Histórico Lauro da Escóssia, Asclepius Saraiva, apoia a iniciativa e faz questão de estar presente.
Autores, cordelistas e artistas plásticos, podem expor suas artes e comercializá-las na ocasião. Também poderá haver troca e comercialização de livros e produtos artesanais ou artísticos.
Mais informações com Lúcia Rocha pelo Whatsapp 84 99668.4906.

Lindomarcos Faustino e Jhully

  

domingo, 2 de fevereiro de 2020

SÁBADO DE LEITURA NO MUSEU


Asclepius Saraiva registra o bate papo entre conterrâneos 

            Na manhã de sábado, dia 1º de fevereiro, aconteceu na pracinha em frente ao Museu Histórico Lauro da Escóssia, um encontro entre autores e leitores, idealizado pelos administradores do grupo Relembrando Mossoró e apoiado pelo diretor do museu, Asclepius Saraiva.
      Agora, autores locais podem levar seus livros à praça do museu e expô-los para degustação e comercialização, além de conversar com leitores e autografar suas obras. Muito raramente a cidade promove um encontro literário assim, com exceção de um evento anual, a Feira do Livro de Mossoró
organizada pelo jornalista Rilder Medeiros, que há quinze anos reúne autores, leitores, editores e livreiros. 
      Crianças interessadas em livros puderam folheá-los e conhecer o museu, inclusive, apareceu uma poetisa mirim, Jhuly Lorrane, acompanhada da mãe, Lilian Kênia Galvão, e do irmão Davi, com menos de dois anos. São mossoroense, radicados em Natal, mas passando férias na terrinha. Jhuly é uma grande leitora e cola suas poesias em postes da rede pública, em Natal. 
A pequena poetisa Jhully 


Crianças puderam tocar em livros
David tem menos de dois anos


Davi bem à vontade entre livros


        Alguns autores que compareceram ao local, além de Lúcia Rocha e Lindomarcos Faustino, como Gustavo Luz e Edilson Guimarães Segundo, que bateram papo com leitores interessados em saber sobre a produção local de livros.
      O encontro também serviu para alguns conterrâneos do oeste potiguar se conhecerem e iniciarem amizade, como foi o caso do senhor Celso de Paula Vieira, natural da serra de Martins, com o artista plástico, Rogério Dias, ambos moradores de Mossoró há mais de cinquenta anos. A poetisa, Magaly Holanda - natural de Severiano Melo - e seu Celso, são vizinhos de rua há mais de trinta anos e não se conheciam. 
       A professora Marta Noberto, da rede pública, aprovou a ideia e comentou no Relembrando Mossoró: "Vamos persistir com a ideia, promover novos encontros e talvez batizar Arte no Epicentro ou algo parecido, já que foi realizado em um local geograficamente estratégico de nosso município. E é uma desconhecida e valiosa informação, para muitos. Esse espaço rende muita pesquisa. Por que não divulgá-lo, por meio da referida iniciativa? E agregar muitos artistas e suas habilidades. Esse movimento tem tudo para dar certo. Avante".
         Um grupo intitulado Abraço Grátis também compareceu na praça, com cerca de dez voluntários que estavam iniciando uma ação social com abraço solidário no centro da cidade.
         Algo interessante aconteceu, algumas pessoas chegavam para ver os livros e, timidamente, perguntavam se podiam entrar no museu e conheceram pela primeira vez. O museu está aberto de terça a sábado, das 7 às 13 horas, com entrada gratuita. 

         Sem dúvidas, uma manhã de conhecimentos. A estudante de Letras, na UERN, Geovânia Gomes, também comentou no Relembrando Mossoró: "Foi uma manhã de sábado rica em aprendizado. Conhecer um pouco de cada pessoa que esteve presente foi lindo. Jhuly, a poetisa mirim, Rogério Dias, o ex-professor de datilografia, André, o jardineiro; a equipe do Abraço Grátis, as pessoas da feira de produtos orgânicos, entre tantos outros personagens dessa cidade. Sábado que vem farei questão de voltar e levar mais pessoas para esse encontro memorável. Amei".
        O repórter da TCM, Eriberto Rêgo registrou o encontro e a reportagem irá ao ar na próxima segunda durante a programação do Canal 10 da TCMTelecom.



Geovânia e Jhuly

Paulinho Ramos
                          
Lindomarcos autografa para Jhully
Célis Dantas
         Mossoró conta atualmente com apenas três livrarias, duas de rua, a Independência, no centro, e Arte & Saber, no Abolição, além de uma livraria no Shopping Partage, a L Cultural.
         No próximo sábado, dia 8, novo encontro entre autores e leitores. Artistas plásticos, cordelistas e poetas também podem expor suas artes. Mais informações pelo 84 9668.4906. 


Asclepius e Celso de Paula Vieira

      O subtenente Celso de Paula Vieira, visitando nosso museu com as lembranças da antiga Cadeia Pública, onde trabalhou a partir de 1957, durante as gestões dos  delegados Revoredo, Clodoaldo e Major Bezerra. Posteriormente ele foi delegado em Apodi, Luiz Gomes e Martins. Ele nasceu em 1937, está com 83 anos de idade e nunca havia adentrado um museu. Ele foi ao local em busca do livro com o Estatuto do Idoso. 

sábado, 1 de fevereiro de 2020

S.O.S. ACEU



               A antiga sede do Cube Ypiranga, hoje ACEU - Associação Cultural dos Estudantes Universitários - pede socorro por sua restauração.
       O assunto foi retomando neste sábado, dia 1 de fevereiro, no grupo Relembrando Mossoró, no Whatsapp, quando o médico mossoroense, Landsberg, tocou no assunto. Lindomarcos Faustino, autor com mais de vinte livros publicados sobre Mossoró e um dos administradores do Relembrando Mossoró, postou fotos da situação atual do prédio e comentou que o Relembrando Mossoró vai dobrar as mangas e para lutar pelo Aceu e fez um desabafo: "
Uma turma precisa fazer isso, vamos começar essa semana a pensar numa campanha visando limpeza, chamar a imprensa, eu sozinho não posso, preciso dos amigos. Sempre pensei ali montar um encontro de artistas de Mossoró, uma biblioteca, casa cultural. Vamos à luta!".
       A professora Isaura Amélia entrou para o debate dizendo que o ACEU deve ser restaurado conforme projeto elaborado por engenheiros e arquitetos da UERN e emenda parlamentar de bancada já incluída. "Há dois ou três anos procurei a pró Reitoria de extensão e o reitor -  Pedro Fernandes - para conversar sobre a possibilidade de implantar no ACEU a Pinacoteca de Mossoró. A equipe da infra estrutura da UERN juntamente com professores da pró reitoria de extensão fizeram um conceito de uso do espaço e elaboraram um projeto de restauração, sendo que na parte de baixo funcionaria a Pinacoteca de Mossoró e, no pavimento superior, a Escola de Artes Cênicas. O orçamento da restauração ficou em torno de R$ 1 milhão. O deputado Beto Rosando me disse recentemente que na emenda de 2019, encaminhada para UERN o ACEU estava incluído".
        Em seguida, a professora Isaura Amélia postou algumas fotos dos encontros com o reitor Pedro Fernandes e o deputado federal, Beto Rosado, bem como 
com o grupo da pró reitoria de extensão. 
       Alguns membros do grupo deram sugestões e Isaura Amélia encerrou o assunto dizendo o seguinte: "São excelentes as sugestões à destinação desse imóvel e da alçada da UERN. Mas na verdade, todos nós podemos dar pitacos. Até onde sei no projeto de restauração não se inclui descaracterização do imóvel. O deputado Beto Rosado, na verdade, já arregacou as mangas quando cumpriu seu papel de parlamentar, que defende Mossoró e a UERN. Os recursos destinados, registe-se, emenda de bancada, inclui todos os palarmrntares do estado".
         O professor Walter Fonseca, lamentou que o ACEU está abandonado e informou que a última reforma/recuperação do Ypiranga-Aceu foi feita por ele quando reitor da UERN há mais de vinte anos. "Muito triste com seu abandono. A UERN através de Canindé Queiroz lutou muito para ficar com a sua posse".