Juca Freire
Neste domingo, dia 5 de novembro, foi o centenário de nascimento de João Francisco Freire Sobrinho, o Juca Freire, que nasceu na Fazenda Poré, em Upanema, no dia 5 de novembro de 1917.
Homem dinâmico, cheio de vigor, hábil,
prudente, organizado e persistente. Viveu muito agradecido a Deus, por ter sido
misericordioso com ele, concedendo-lhe realizar um sonho da sua infância e
adolescência. Sonhou sempre viver independente, ou seja, às suas próprias
custas.
Suas atividades profissionais tiveram
inicio ainda na juventude. Apesar de ser comum, à época, os jovens mais
abastados serem mantidos pela família, aos dezesseis anos de idade, Juca Freire
obteve autorização do pai para assumir parte da colheita da semente de
oiticica. Com o lucro obtido montou uma padaria na cidade de Upanema, distante seis
quilômetros da Fazenda Poré.
Pouco tempo depois, vendeu a padaria e
comprou um caminhão e passou a viajar para Campina Grande e cidades no interior
do Ceará, na atividade de compra e venda de mercadorias diversas.
Juca Freire casou-se com a professora
Adelzira Alves Cabral, natural de Pau dos Ferros, formada pela Escola Normal de
Mossoró, que lecionava em Upanema. O casal teve dez filhos, dos quais
sobrevivem oito: Zilda Maria, Zilene Conceição, Gizélia, José Hélio, João
Bosco, José Mário, Antônia Geruza e Rosana Lúcia.
No início de 1951, o casal migrou para Patu,
pois a professora Adelzira foi transferida para aquela cidade serrana. Em
meados do mesmo ano, o casal passou a residir em Mossoró, cidade que Juca admirava
e onde passou a exercer diferentes atividades. Logo que chegou, continuou a
comercialização e transporte de secos e molhados para os armazéns e grandes
mercearias que abasteciam a cidade e região. Durante anos, viajou como
caminhoneiro por vários estados, inclusive, indo até a região Sudeste do país,
o que se constituía um grande desafio naquela época.
Ousado, Juca Freire era um homem de
iniciativas, acolhedor, prestativo, trabalhador incansável, sensato, energético
quando necessário, era procurado por parentes e amigos para orientação de
natureza comercial ou particular, não fazendo distinção de classe social, cor
ou partidarismo político, embora nesse aspecto deixasse bem claro as suas
opções. Participava da vida social mossoroense e, particularmente, das festas
da padroeira, Santa Luzia, e dos clubes sociais ACDP e Ipiranga.
Esse modo de ser, ao longo de sua
vida, granjeou-lhe sempre novos amigos e conhecidos, firmando assim a sua
imagem de homem simples, cumpridor dos compromissos assumidos, competente no
que fazia, seguro nas suas atitudes e solidário quando a ocasião exigia
contando ainda com a vitória nos seus projetos, na sua vontade de vencer.
Juca Freire, que não chegou aos
bancos de uma universidade, conseguiu dar uma boa lição em casa, quando
proporcionou ensino superior a todos os filhos, além de uma excelente formação,
levando seus herdeiros – inclui-se também netos e bisnetos – a assumirem uma
postura ética e cumpridores de seus deveres. O mesmo é extensivo às noras e aos
genros.
Bastante dedicado à família, Juca
Freire considerava ainda a generosidade do Pai, ter desfrutado a vida como
desejaria viver, respeitado pelas pessoas com quem convivia, cercado de amigos,
servindo na medida do possível aqueles que o procuravam.
Juca Freire faleceu em 26 de setembro
de 1993, aos 75 anos de idade e foi homenageado com nome de rua no bairro
Sumaré, em Mossoró, além de um condomínio fechado no bairro Nova Betânea.
Juca Freire e Adelzira Cabral Freire |
Lúcia Rocha
luciaro@uol.com.br
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